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Sobre o site
Edgardo Civallero é um espaço profissional, online desde agosto de 2022, onde apresento meu trabalho como bibliotecário, consultor semântico, arquivista e especialista em gestão do conhecimento, memória cultural e preservação digital.
Este site reúne, conecta e organiza diferentes núcleos da minha atuação profissional, intelectual e criativa. É o ponto de encontro de conteúdos que venho desenvolvendo desde 2000 em diversos ambientes digitais —blogs, colunas, revistas, redes sociais— agora articulados em um formato coeso que reflete tanto minha trajetória quanto minha visão atual.
Não se trata de uma vitrine nem de um repositório. É um espaço vivo de reflexão e articulação, uma ferramenta para a prática crítica em biblioteconomia, arquivologia e gestão do conhecimento, e um convite a pensar desde outras margens.
Aqui você pode explorar minhas publicações, conhecer meus projetos e linhas de trabalho, e se conectar comigo em torno de novas formas de narrar, preservar e mobilizar o saber.
Os conteúdos relacionados à música, (etno)musicologia, classificação instrumental e memória sonora —eixo central do meu trabalho com patrimônio acústico e identidade cultural— foram transferidos para o site Instrumentarium. Esse projeto, que dirijo como Edgardo Civallero, reúne pesquisas, composições, reflexões e sistemas de classificação alternativos que tratam os instrumentos musicais como documentos, arquivos vivos e tecnologias do saber. É a continuação e o aprofundamento do meu trabalho como biblio-naturalista e tecelão de memórias sonoras.
Blogs
Este site reúne cinco blogs. Cada um deles explora uma dimensão específica do meu trabalho com bibliotecas, arquivos, ciência, memória e cultura. Com estilos e enfoques distintos, todos compartilham uma perspectiva crítica sobre como o conhecimento é produzido, organizado e disputado.
Crónicas de un biblio-naturalista (em espanhol e em inglês) explora as interseções entre biodiversidade, conservação, ciência, saberes tradicionais e memória, conectando bibliotecas, arquivos, trabalho de campo e práticas comunitárias para revelar as narrativas ocultas que moldam nosso planeta.
Bitácora de un bibliotecario (em espanhol e inglês) analisa criticamente as bibliotecas, os arquivos e a política do conhecimento, incluindo responsabilidade social, abordagens decoloniais, tradições orais e as lutas das comunidades marginalizadas nos espaços informacionais.
Notas críticas (em espanhol e em inglês) é um espaço para reflexões radicais, onde se exploram as tensões entre informação, política e cultura. Aqui, certezas são desafiadas, ideias colidem e o papel do conhecimento na construção do mundo é colocado à prova.
Cajón de sastre ("Caixa de retalhos", em espanhol e em inglês) é um território sem fronteiras rígidas, onde convergem temas diversos, sempre ancorados no universo das bibliotecas, do conhecimento e da memória. Nele cabem explorações inesperadas, conexões improváveis e reflexões que escapam dos moldes convencionais, mas iluminam outras formas de pensar a informação e a cultura.
Finalmente, Las palabras que tejen la tierra ("As palavras que tecem a terra", em espanhol e em inglês) investiga o papel essencial das bibliotecas e dos arquivos na preservação de línguas em risco de extinção. De gramáticas populares e dicionários comunitários à gestão de acervos orais e estratégias de revitalização, este espaço examina como a memória linguística se entrelaça com identidade, resistência e continuidade cultural em um mundo em constante transformação.
Juntos, esses blogs formam uma rede crítica: uma cartografia das formas pelas quais o conhecimento circula, desaparece e é reconstruído.
Temas críticos
Meu trabalho é atravessado por temas que não são categorias fixas, mas linhas de tensão, zonas de atrito, caminhos que se entrelaçam. Eles aparecem nos textos, nas oficinas, nas bibliotecas, nas classificações, nos instrumentos, nos silêncios. São ferramentas para repensar a forma como produzimos, transmitimos e contestamos o saber.
Entre esses eixos estão: epistemologias insurgentes, saberes das margens, sons como memória, documentos não escritos, silêncio como resistência, e bibliotecas como espaços de militância. Esses temas não servem para organizar — servem para conectar, deslocar, criar novas formas de compreender e agir.
Semântica crítica
A semântica não é neutra. Nomear, classificar, estruturar o saber é um ato político. Por isso, meu trabalho como consultor semântico parte da ideia de compostar arquivos e bibliotecas: deixar que estruturas mortas se decomponham e deem lugar a sistemas vivos, contextuais, descentralizados e capazes de acolher a diversidade epistêmica.
Atuo onde os sistemas falham — onde os metadados não dizem nada, onde os modelos excluem, onde os dados não se conectam. Desenvolvo modelos ontológicos, vocabulários híbridos, estruturas RDF e estratégias semânticas baseadas nos princípios FAIR/CARE. É um trabalho técnico, sim — mas também ético, crítico, narrativo. Porque até os dados contam histórias. E até as classificações podem resistir.
O autor
Sou um profissional multifacetado com 25 anos de experiência, natural do Porto de Santa María dos Buenos Aires (1973). Tornei-me bibliotecário em 1999 e, em 2004, licenciei-me em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Nacional de Córdoba (Argentina). Lá também estudei Biologia e História (com foco em Antropologia e Arqueologia), e, anos antes, cursei Ciências do Mar na Universidade de Las Palmas de Gran Canaria (Espanha). Após uma trajetória longa e diversa —que inclui uma especialização em Epistemologias do Sul e um mestrado em Arquivística histórica e memória—, desde 2024 divido meu tempo entre o Panamá (onde dirijo a biblioteca do Smithsonian Tropical Research Institute) e Bogotá (Colômbia), de onde atuo como consultor em projetos de gestão de conhecimento, memória e produção de conteúdo.
Considero-me um tecelão de memórias. Apoio-me na minha experiência em todos os papéis tradicionais das ciências da informação e da gestão do conhecimento, aliada a uma sólida base em pesquisa, para identificar os fios com os quais são construídos os saberes e lembranças humanas. A isso somo abordagens próprias: biblioteconomia crítica e social, arquivística "rogue", perspectivas decoloniais, olhares das margens, militâncias, resistências e ativismos, e o diálogo entre bibliotecas, arquivos e museus, tudo voltado à construção de novos saberes e à recuperação de velhas histórias. A esses caminhos junto também os meus próprios resultados sobre ciências naturais, saberes tradicionais, patrimônio cultural, memória, identidade, sons e silêncios, produzidos como docente, pesquisador e escritor.
A partir dessa visão plural e interdisciplinar, utilizo produção de conteúdo, tradução, design gráfico e revisão editorial para criar narrativas que deem sentido ao meu trabalho. E agrego todas as tecnologias que tenho à mão: metadados, linked data, ontologias, web semântica, classificação do conhecimento, preservação digital, curadoria de dados, programação, inteligência artificial, soluções de TI e gestão de ativos digitais. Tudo é ferramenta para tecer memórias. Ao fazer isso, enfatizo especialmente a interseção entre bibliotecas, arquivos e museus como espaços que deveriam atuar como um só — como um só é o patrimônio cultural humano.
Como consultor semântico, trabalho nos pontos em que os sistemas institucionais de conhecimento falham ou não conseguem expressar o que realmente importa. Minha atuação começa ali: não apenas modelando ontologias ou mapeando metadados, mas ajudando instituições científicas e gestoras de memória a repensar suas formas de organizar, acessar e compartilhar saberes. Traduzo entre disciplinas, entre tecnologias e experiências vividas, entre dados desconectados, propondo estratégias técnica e culturalmente sólidas, e narrativamente conscientes.
Vejo —e defendo— a biblioteca como um espaço de compromisso, de militância sociopolítica e de resistência cultural, identitária e coletiva.
Meu trabalho nas ilhas Galápagos (2018–2023) me levou a atuar em campos como história e memória da ciência, open science, e-research, conservação da biodiversidade, ciência cidadã, biomimética, sustentabilidade e decrescimento, além da mobilização do conhecimento, comunicação pública da ciência, educação ambiental e digitalização de acervos patrimoniais. Foi nesse cruzamento entre memória e biodiversidade que desenvolvi minha identidade como biblio-naturalista: explorando como bibliotecas, arquivos e outros espaços de saber podem contribuir para a conservação da biodiversidade, a resiliência das comunidades e a interconexão entre ciência, território e identidade. Um trabalho que continuo e aprofundo nos manguezais, florestas tropicais e recifes do Panamá.
Desde 2004, participei de várias seções e grupos da IFLA, colaborei com o Consórcio da CDU (Classificação Decimal Universal), atuei em comitês editoriais e espaços digitais de pesquisa e debate, dei aulas e palestras e publiquei diversos textos de divulgação — muitos deles editados por meio das minhas iniciativas editoriais independentes: Wayrachaki Editora e El Zorro de Abajo Editora.
Além de bibliotecário, sou músico: um multi-instrumentista razoável em tudo e virtuoso em nada, dedicado à música tradicional latino-americana e europeia. Interesso-me pelos sons e silêncios do mundo, e pelas muitas histórias que eles contam. Tenho um foco especial na relação entre patrimônio sonoro, memória e identidade. Investigo, escrevo, componho, interpreto, construo instrumentos, exploro horizontes sonoros e crio projetos de pesquisa musical online.
Fora do universo das bibliotecas e da música, sou revisor, tradutor e designer editorial, ex-trabalhador gráfico, aprendiz de idiomas, escritor de ficção frustrado, blogueiro com duas décadas de estrada, wikipedista, esperantista, aprendiz de citizen scientist, desenhista, fotógrafo, e construtor de marionetes.
Contato e redes
Meu e-mail para contato é edgardocivallero (@) gmail (.) com.
Reduzi minha presença digital para focar nos espaços que realmente considero relevantes. Estou ativo no LinkedIn e no Instagram, enquanto mantenho apenas uma presença mínima no Facebook. Os acessos diretos estão disponíveis no rodapé.
Também tenho perfis no Google Scholar e no ResearchGate.
Publicações e redes acadêmicas
Esta seção reúne minha produção escrita: um arquivo aberto, diverso e em constante evolução, no qual se entrelaçam memória, classificação, crítica e narrativa. Todos os conteúdos estão disponíveis em acesso livre, distribuídos por diferentes plataformas — cada uma voltada a públicos e propósitos específicos:
- Acta Académica, voltada à circulação acadêmica latino-americana.
- ResearchGate, para atualizações permanentes e redes profissionais.
- Internet Archive, como espaço de preservação aberta e descentralizada.
- Google Scholar, para acompanhamento e visibilidade em contextos científicos.
- Google Drive, como repositório completo, atualizado e pessoal.
Entre os materiais disponíveis, destacam-se:
- Uma série de livros digitais sobre bibliotecas indígenas e gestão comunitária do conhecimento.
- Trabalhos fotográficos centrados em memória, território e biodiversidade.
- Obras de ficção que articulam história, identidade e crítica epistêmica.
Os materiais voltados à memória sonora, aos instrumentos musicais e às paisagens acústicas ameaçadas estão reunidos no projeto Instrumentarium, disponíveis em formato de livros e de artigos, tanto em espanhol quanto em inglês.
Entre 2007 e 2022 publiquei grande parte dos meus livros através da Wayrachaki Editora, um selo independente de minha autoria. Desde 2023, esse trabalho continua —e se amplia— sob o nome de El Zorro de Abajo Editora. Ambos os selos publicam materiais digitais em acesso aberto.
Todos os materiais estão protegidos por direitos autorais e distribuídos sob licenças Creative Commons. Mais informações disponíveis na seção copyright e disclaimer.
Atividades
Minhas atividades profissionais não são capacitações convencionais. São intervenções críticas nas bordas dos sistemas de conhecimento: espaços onde as estruturas institucionais se rompem, onde os arquivos não guardam o que deveriam, e onde as bibliotecas não conseguem articular as memórias que realmente importam.
É nesse cruzamento que atuo — e a partir dele ofereço cursos, oficinas e seminários, presenciais ou virtuais, voltados a instituições, coletivos e pessoas que precisam de mais do que uma atualização profissional: precisam repensar o que fazem e como fazem.
Alguns dos eixos que desenvolvo:
- Ontologias, metadados e classificação: ferramentas para estruturar, desestruturar e reestruturar o conhecimento. Criação de esquemas conceituais, curadoria de dados, web semântica, linked data, preservação digital.
- Consultoria semântica aplicada: intervenções em projetos onde os modelos informacionais já não dão conta. De coleções científicas a memórias comunitárias, de portais patrimoniais a sistemas quebrados de catalogação.
- Bibliotecas de trincheira: estratégias para contextos extremos. Serviços que nascem do zero, que resistem nas margens ou que operam fora das estruturas. Nada de desculpas: só desenho crítico e ação contextual.
- Epistemologias do Sul e descolonização: releituras bibliotecárias a partir do conflito, da oralidade, dos corpos deslocados e dos saberes negados. Formação que não busca formar, busca incomodar.
- Conhecimento, sustentabilidade e biosfera: como biodiversidade, ciência cidadã, decrescimento e memória coletiva podem atuar em conjunto. E o que podem fazer as bibliotecas quando o planeta está em chamas.
- Tradição oral e sons ameaçados: gestão de memórias que não se escrevem. Línguas, músicas, silêncios. Métodos para registrar o efêmero com ética, técnica e urgência.
Cada atividade é pensada sob medida. Não há programas prontos nem cursos genéricos: há escuta, análise e construção conjunta.
Se o que você faz com informação, memória ou cultura já não está funcionando, fale comigo. Podemos consertar. Ou podemos quebrar e criar algo novo.
Serviços
Não ofereço serviços padronizados. Atuo onde os sistemas de conhecimento falham: onde os modelos institucionais não dão conta, onde as estruturas se rompem, onde a memória e a informação se perdem, se distorcem ou são excluídas.
Colaboro com bibliotecas, arquivos, museus, coleções científicas, instituições acadêmicas, ONGs e projetos comunitários que precisam de mais do que uma solução técnica. Minhas intervenções são conceituais e operacionais: analiso estruturas, desenho linguagens, conecto dados, desenvolvo ferramentas e acompanho processos de transformação — de dentro e de baixo para cima.
Atualmente desenvolvo modelos de metadados, micro-ontologias, esquemas RDF, vocabulários híbridos, estratégias FAIR/CARE e estruturas semânticas aplicadas a coleções científicas e patrimoniais, projetos de ciência aberta e espaços de memória e dados culturais.
As minhas áreas de atuação são:
- Consultoria semântica e curadoria de dados
Ontologias, taxonomias, linked data, web semântica, RDF, SKOS, OWL, classificação do conhecimento, harmonização de esquemas, metadados, controle de vocabulários, limpeza e enriquecimento de registros, mapeamento semântico. Para sistemas —especialmente acadêmicos e científicos— que precisam repensar o que organizam. - Preservação digital e gestão de ativos
Repositórios, metadados, fluxos de preservação, sustentabilidade digital, acervos em risco, coleções híbridas, DAM. Para instituições que querem preservar sem paralisar. - Arquitetura da informação e experiência do usuário
Design de sistemas acessíveis, narrativos e usáveis. Planejamento de estruturas, navegação crítica, interfaces centradas em contexto e comunidade, design participativo. Para quem entende que acesso também é política. - Assessoria para bibliotecas e arquivos não convencionais
Projetos criados do zero, bibliotecas de trincheira, serviços em zonas de conflito, modelos para contextos precários ou insurgentes. Para bibliotecas que existem sem permissão, ou que resistem desde as bordas. - Pesquisa e formação crítica
Oficinas, conteúdos, diagnósticos, materiais editoriais. Acompanhamento técnico e intelectual para quem prefere criar suas próprias ferramentas em vez de repetir modelos falidos. - Memória, oralidade e sons ameaçados
Registro, tratamento e uso ético da tradição oral, línguas, músicas e silêncios. Arquivos orais, estratégias de revitalização, curadoria sonora. Para projetos que escutam onde outros apenas catalogam.
Cada colaboração parte das condições reais do projeto: seus limites, suas tensões, suas potências. Não vendo fórmulas prontas. Escuto, leio o que está por trás dos dados e desenho soluções sob medida. O que ofereço é acompanhamento estratégico: com ferramentas técnicas, olhar crítico e, quando for o caso, compromisso social.
Trabalho com o que existe, mas também com o que ainda falta. Se sua organização precisa de uma leitura crítica, suporte técnico ou uma estrutura conceitual mais sólida, fale comigo.
Copyright
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História
Minha jornada na chamada "rede das redes" começou com o blog Bitácora de un bibliotecario, criado em 2 de dezembro de 2004 — um dos primeiros weblogs latino-americanos (e em espanhol) dedicados a bibliotecas e bibliotecários. Na época, eu havia acabado de concluir minha graduação em Biblioteconomia e Documentação, tinha alguns poucos anos de experiência profissional, e começava a me aproximar de um mundo acadêmico ainda desconhecido. Aquelas postagens registraram minhas inquietações e descobertas, minhas esperanças e frustrações, minhas lutas e encontros. Entre 2005 e 2008, mantive em paralelo uma versão em inglês: The log of a librarian. A partir de 2009, as publicações tornaram-se mais esparsas e, em 2014, decidi encerrar o antigo blog, e com ele, uma etapa da minha vida pessoal e profissional.
Com o tempo, e com a perspectiva que só o caminho andado oferece, em 2015 criei um novo blog, intitulado simplesmente Bibliotecario. Herdeiro direto da antiga bitácora, esse espaço retomou muitos dos temas, ideias e valores do projeto anterior, e foi mantido até 2022. Paralelamente, desenvolvi outros blogs mais especializados, voltados à biblioteconomia, incluindo os primeiros espaços dedicados a bibliotecas indígenas (Bibliotecas y pueblos originarios, Bibliotecas indígenas), oralidade (Tradición oral) e línguas indígenas (Palabra indígena).
Também trabalhei em temas relacionados à etnomusicologia, aos sons tradicionais e aos instrumentos musicais, por meio de espaços como Bitácora de un músico, Un Sur de sonidos, Sounds of Abya Yala, Vientos de tierra de vientos (um CD de música andina autoral) e Sonidos y silencios. Essa linha de trabalho se desdobrou em outras iniciativas, como a revista digital Tierra de vientos, dedicada à música e cultura andina, e o projeto Aula abierta de música tradicional.
Na minha faceta de escritor, mantive o blog Bitácora de un escritor e espaços próprios para cada um dos meus trabalhos literários, incluindo Crónicas de la Serpiente Emplumada, Espíritus del Viento e El Ekeko.
Com o tempo, essa multiplicidade de espaços tornou-se difícil de sustentar. Aos poucos, fui consolidando os conteúdos até conseguir reuni-los neste site, onde os projetos são apresentados em seus contextos múltiplos, interligados e em diálogo constante entre si.